Meus olhos pinicavam por conta do sono, fazendo com que eu
os esfregasse. Depois que fiz minha higiene matinal e tomei um belo café da
manhã, resolvi limpar a casa. Organizei o guarda-roupa de Fernando – pois ainda
havia algumas caixas para serem esvaziadas – e reorganizei o meu. Isso era meio
que uma terapia ora mim. Não que fazer faxina fosse a melhor coisa do mundo,
mas organizar, ocupar a mente com o vazio enquanto seu corpo trabalha é uma de
minhas coisas favoritas. Assim que limpei todo o quarto, resolvi fazer o almoço,
pois já eram 11hrs. Fernando não gostava de feijão, então decidi preparar arroz,
salada de tomate e frango – que havia sobrado do churrasco. Assim que
descongelado, comecei a desfiá-lo. Meus pensamentos viajaram pra longe durante
esse tempo. Eu estava tendo a melhor vida de todas. Apenas acordar, limpar a
casa, aguardar a chegada do homem que amo com a refeição na mesa... Nada que eu
gostaria de mudar. Nesses últimos meses – meses que passei com Fernando –
amadureci muito, pois antes eu era apenas uma adolescente inconsequente. Eu não
me importava com nada e com ninguém, nem comigo mesma. Não me importava se algo
acontecesse comigo, mas isso mudou. Ficar com Fernando é a prova viva de que um
ser humano pode amar mais outra pessoa do que a si mesmo. Eu ainda era
inconsequente, mas já deixei de fazer muita besteira com medo de magoá-lo, já dobrei
meu ego várias vezes apenas para não discutir com ele. Já deixei de pegar para
mim para poder dar para ele. Já achei que havia conhecido o amor antes de Fernando,
mas hoje vejo que ele é realmente meu primeiro amor. E se tudo der certo, será
o único. Talvez nem eu tenha noção de como o amo. O amo tanto que assim que ele
chegou, tenho certeza que minhas pupilas se dilataram.
- Oi – disse sorridente ao enxugar as mãos num pano e logo
jogá-las em torno de seu pescoço e beijá-lo rapidamente – Como você está?
- Eu estou bem e você? – disse um tanto monótono ao ajeitar
uma mecha de cabelo meu que escapara do rabo de cavalo. Ele estava pensativo
demais.
- Estou... – deslizei minhas mãos pela lateral do seu corpo,
segurando em sua cintura – Mas você não está... O que foi que aconteceu? –
Fernando repetiu o gesto de deslizar as mãos, mas ao em vez de deposita-las em
minha cintura, agarrou meus pulsos.
- Nada. Só estou um pouco nervoso – libertou-me e caminhou
até a pia, onde pegou a louça necessária e serviu-se. Eu resolvi não insistir
nisso já que ele não queria conversar, mas seu o toque do celular quebrou o
silêncio – Fala, caralho... – disse estressado. Enquanto isso eu apenas agia
normal, arrumando a mesa – Não! E pare de me encher por besteira!... Se vira,
porra! Essa é sua função, não minha! – e desligou. Sentou-se e comeu calado.
Assim que me servi e sentei junto à ele, também comi minha refeição calada –
Não é sua culpa. Desculpe por estar assim... – disse um tanto sem jeito.
- Tudo bem... – e estava mesmo. Comigo estava tudo bem, mas
e com ele? – É... – queria conversar sobre isso, mas achei melhor não, então
mudei de assunto – Como está a comida?
- Ah... – disse de boca cheia, sorriu e engoliu – É a melhor
que já comi na vida.
- Mentiroso – ri de sua cara infantil e ele da minha – A
gente precisa ir ao mercado.
- Se quiser, te levo e busco quando quiser.
- Você não pode ir? – queria ficar com ele.
- Mais tarde – ele mal mastigava a comida, engolindo-a com
voracidade.
Fernando e eu conversamos sobre bobeiras enquanto ele comia
uma segunda refeição. Coitado, estava faminto. E eu fiquei tão feliz por ele
ter repetido. É uma satisfação muito grande quando gostam do que você fez com
carinho.
- Acho que não precisarei voltar hoje. Vem deitar aqui
comigo – disse ao caminhar até nosso quarto.
- Ah, não! Eu estou suada... E ainda tenho que terminar de
arrumar a cozinha – fiz careta enquanto gesticulava pra toda aquela bagunça.
- Ah, qual é? – puxou-me pra si e beijando-me – Vem cá mesmo
assim. E se você quiser nem precisa limpar isso.
- Você é bipolar? – ri – Você estava cuspindo fogo e agora
parece uma mocinha – Fernando e eu nos jogamos na cama. Eu ainda aguardava sua resposta quando ele disse:
- Eu não estou mais tomando conta das biqueiras – disse sério
e respirou fundo – Na verdade, estou administrando outras coisas... – ele olhava
e acariciava minha coxa descoberta, que estava sobre seu quadril – Me chamaram
pra ser irmão – as palavras jogaram de deus lábios depois de um tempo,
pegando-me de surpresa – E eu aceitei – eu não sabia o que dizer, restando
apenas a opção de assentir – Fala alguma coisa – induziu-me.
- Parabéns?! – disse em dúvida. Fernando fez uma feição de
desgosto. E eu o entendo, mas não era isso o que eu queria dizer – Quero
dizer... – chacoalhei a cabeça na tentativa de procurar as palavras certas – Eu
fico feliz por você, mas... Eu tenho medo. Eu sei o que isso significa...
- Eu entendo... Entendo mesmo – sorriu ao acariciar meu
rosto. Como era bom isso.
- Por isso que você está assim? Essa... Pressão toda? –
apertei-o contra meu corpo com minha perna.
- Não é fácil, sabe... – seu tom de voz tinha culpa – Matar nunca será uma rotina... Mas... Ah,
chega, não quero mais falar sobre isso – disse com uma expressão fechada. Ele
desviou seu olhar por alguns segundos para algo qualquer no quarto – É o que eu
sou e o que eu faço... Se você não gosta, vai embora – disse um tanto
arrogante.
- Mas que saco, Fernando – tirei minha perna de sua cintura e sentei na cama. Como eu estava nervosa – Para de colocar
palavras na minha boca que eu não disse nada disso! Eu só não quero te ver
assim – apontei pra ele – Só estou tentando ser
gentil com você, demonstrar que me importo e você me dá essa patada. Faz o que
você quiser e fica aí – agora eu já estava passando pela porta e ele veio atrás
de mim.
- Você está certa... – puxou-me pelo braço. Era até
engraçado de se ver, pois ele não era bom em pedir desculpas.
- Fernando... – respirei fundo e coloquei minha mão em seu
ombro – Eu não quero discutir por coisa besta... Mas você precisa se controlar
mais.
- Ahhh – bufou – Os conselhos da mais calma da favela –
ironizou.
- Eu não sei o quê você passa lá em cima, mas... Porra,
Fernando, eu estou aqui de boa esperando por você, preparei seu almoço... Pra
você descontar seus problemas em mim? Eu sou sua mulher – comecei a dar leves
empurrões em seu tórax. Eu estava começando a perder a paciência – Eu estou
aqui pra ajudar você. Se você tem um problema, eu quero te ajudar a resolver e
não ser seu saco de pancadas. Vai brigar com um dos favelados que você comanda
e não comigo.
- Você se acha tão inteligente, mas é tão inútil –
empurrou-me.
- Ah!, vai se foder, seu imbecil – disse num tom mais alto e
devolvi o empurrão com mais força.
- PARA COM ISSO – gritou ao agarrar meu pescoço e prensar-me
contra a parede – Para de me provocar que hoje eu faço besteira – disse entredentes.
- FAZ! – gritei ao afastá-lo de mim – FAZ QUE HOJE EU
ACORDEI DISPOSTA A FAZER BESTEIRA TAMBÉM – refleti por um segundo nessa briga
idiota e por fim disse – Ah Fernando, larga mão de ser besta! Vai deitar que eu
tenho mais o que fazer – sai de perto dele e fui até a cozinha, terminar minha
tarefa. Pelo jeito ele também desistiu, pois bateu com força a porta do quarto.
Pude arrumar tudo em menos de duas horas. Fernando estava
dormindo quando entrei no quarto para pegar roupas limpas. Agora eu só teria
que lavar o banheiro e tomar um banho. Era realmente bom morar em uma casa de
poucos cômodos. E também não havia necessidade que cômodos grandes para
Fernando e eu.
Depois de tudo limpa e já trocada, deitei-me gentilmente ao
lado de Fernando. Vislumbrei seu rosto – mais parecia ser esculpido por anjos –
que trazia uma expressão doce e suave. Senti pena dele. Não deveria ser fácil
fazer o que ele faz. Matar, torturar, levar, buscar... Ter que fazer tudo o que
lhe mandassem. Dá pra entender porque ele está assim. Aninhei meu corpo junto ao
dele e em troca recebi o aconchego de Fernando.
- Vem aqui, meu amor – encaixou meu corpo no dele – Meu doce
amor... - e beijou minha testa.
- Eu amo você, briguento – eu sempre gostei de homens
bravos, e me apaixonei pela fúria de seus olhos cor de fogo, mas era
impossível não amar o doce e gentil Fernando.
- Eu sei – rimos. “Doce, gentil e convencido” reformulei a
frase em meu pensamento – E eu também te amo, gostosa. Olha, bem que você
poderia começar a fazer faxina todos os dias e usar esses shortinhos curtos –
deu-me uma palmada ao beijar e morder meus lábios, puxando-os no fim.
- Pode deixar que vou usá-los mesmo quando não fizer faxina
– joguei minha perna sobre seu quadril, atravessando-o. Apertei seu corpo
contra o meu.
- Ah, quando você não fizer faxina, pode ficar sem roupa
alguma – disse levantando minha camiseta, cobrindo apenas meus seios. Ele
passava sua mão em meu corpo com um tanto de ansiedade, fazendo com que minha
respiração ficasse acelerada.
- Mô... – disse ao encostar minha testa na dele e deslizar
meus dedos em seus cabelos curtos. Era possível sentir sua respiração quente em
meu queixo e colo. Fernando ergueu seus olhos na altura dos meus, que antes
estavam em meus lábios – Me beija – essas duas palavras saíram num sussurro que
era quase impossível de se ouvir, mas Fernando ouviu.
Fernando colou seus lábios nos meus, beijando-me feroz e
docemente – esse era um dos melhores tipos de beijo, pois parecia que ele
queria meu corpo o mais rápido possível, mas tinha cuidado o suficiente ao
manusear-me. Suas mãos – rápidas e ágeis – guiaram meu corpo para que ficasse
sobre o seu. Encaixei seu corpo entre minhas pernas, e minha fome por seu calor
não permitiu que meus lábios e mãos se desgrudassem de sua carne. Suas mãos
apertavam meus quadris e cintura de forma fogosa enquanto pressionava minha
intimidade contra a dele. O arrepio de excitação iniciou-se em minhas mãos e
percorreu meus braços, até chegar em minha coluna. Fernando apertava a pele de
minhas costas, num pedido para que eu tirasse minha camiseta. Separei nossos
troncos e o encarei de cima enquanto agarrava o pedaço de pano e o deslizava
sobre meu corpo. Fernando sentou-se rapidamente antes que o tecido chegasse em
meus ombros, encarando e acariciando meus seios. Assim que fiquei com o peito
completamente descoberto, inclinei minha coluna para trás, apoiando minas mãos
na cama. Fernando tirou sua camisa e fez o movimento oposto, chegando até mim.
Uma de suas mãos estava em minhas costas, segurando-me com firmeza, enquanto a
outra apertava um de meus seios. Ele encurvou sua coluna, para que pudesse
beijá-los. Minhas mãos agarraram sua cabeça, guiando seus beijos para meus
lugares favoritos. Ele os apertava, beijava, chupava e mordiscava com tanta
lentidão e força que não pude conter alguns gemidos. Aquilo era uma tortura –
deliciosa –, pois eu queria que ele me penetrasse o mais rápido possível.
Apertei minha intimidade contra a de Fernando na tentativa de acalmar minha
impaciência, mas toda minha calma foi embora quando senti seu membro rígido.
- Essa calça está me irritando – disse um tanto bravo ao tirar-me
de cima de si, deitar-se e desabotoar a mesma, tirando-a rapidamente junto de
sua cueca.
Deslizei minhas mãos por seu corpo, enquanto encaixava-me e
puxava-o pra perto de mim como antes. Assim que cheguei até seu membro e
comecei a apertá-lo. Alguns grunhidos saíam dos lábios de Fernando quando
comecei a masturba-lo. Eu também o torturaria, pois meus movimentos eram
circulares e rápidos. Fernando inclinou a cabeça para trás enquanto apertava
minhas coxas. Eu vislumbrava todo seu corpo perfeito – era possível notar que seu
corpo estava mais musculoso depois que começou a frequentar a academia. E era
difícil de acreditar que toda essa perfeição era apenas minha – e por mais que
quisesse transar com ele o mais rápido possível, estava decidida a dar todo o
prazer possível pra ele antes disso. Fernando agarrou meus pulsos,
interrompendo-me e encarou-me um tanto nervoso, ansioso e cansado. Suas
sobrancelhas estavam unidas em sua expressão confusa.
- Tira logo esse short – disse ao pressionar minha
intimidade contra a dele, e eu obedeci na hora.
Apoiei-me em seus ombros e fiquei em pé na cama. Como estava
de pijama, foi bem fácil tirar o short, e assim que o tecido chegou em meus
joelhos, Fernando agarrou uma de minhas coxas, descendo o resto do
tecido, segurando-me firmemente para que eu pudesse ficar em um pé só e não
caísse. Seus olhos acompanharam com atenção esse percurso até que apenas minha
outra perna ficasse com o short, e assim feito, suas mãos percorreram minha coxa
até chegar em minha bunda. Fernando puxou-me pela cintura e eu sentei em seu
colo de forma que ele ficasse entre minhas pernas enquanto eu estava de joelhos.
Ele segurou seu membro, guiando-me e encaixando nossos corpos. Comecei a gemer
no mesmo instante, pois estava recebendo o que tanto esperava. Meu corpo movia-se
com naturalidade sobre o de Fernando. Suas mãos apertavam minha cintura enquanto
eu envolvia-o em meu colo. Nos encaramos e sorrimos um para o outro em meio ao
nossos gemidos. Fernando mordia meu ombro e pescoço, e em troca ganhava
arranhões em suas costas. Peguei uma de suas mãos e emaranhei em meus cabelos,
num pedido que ele os puxasse, e assim o fez. Fernando puxava meus cabelos, levantando meu
rosto, dando passagem para que ele mordesse meu maxilar e beijasse minha
garganta. Meus gemidos eram um tanto ardidos, pois meu corpo todo queimava.
Fernando deitou e apertou toda a lateral de meu corpo enquanto eu rebolava e
quicava rapidamente sobre seu corpo. Certas vezes ele também movia seu quadril
junto ao meu, para que nossos movimentos fossem mais intensos. Inclinei meu
tronco em meio aos meus movimentos e mordi seus lábios. Num gesto rápido e
prático, Fernando inverteu nossa posição, ficando por cima de mim, levantando
uma de minhas pernas e penetrando-me com força. Suas mãos percorreram a lateral
do meu corpo inúmeras vezes. Eu fechei os olhos e abri minhas pernas o máximo
possível, pois estava prestes a gozar. Meus gemidos – agora mais altos – fez com
que meu corpo se arrepiasse. Assim que abri os olhos, vi que Fernando
encarava-me de forma minuciosa e luxuosa. Ele subiu uma de suas mãos até meu
rosto, tocando meus lábios com seu dedão, enfiando-o em minha boca e eu
chupei-o. Fernando encaixou seu rosto entre meu ombro e pescoço e começou a
urrar em meus ouvidos. Seus movimentos ficaram um pouco mais lentos e profundos
até que ele gozou dentro de mim e deitou-se ao meu lado.
- Você foi incrível – disse pra mim depois de alguns
minutos. E eu sorri.
Nós ficamos algum tempo nos olhando e logo Fernando
levantou-se e voltou com um cigarro de maconha. Eu estava do meu lado da cama,
de barriga para cima e Fernando deitou-se de modo que nossos corpos formassem
um “T”, fazendo de minha barriga seu travesseiro. Eu acariciava seus cabelos
enquanto ele fumava lentamente.
- Toma – disse entregando-me a droga. Fernando soltava a
fumaça lentamente. Alguns tossidos escaparam de seus lábios.
Fumei lentamente, sentindo a textura, o sabor e me
divertindo com a fumaça que escapava de meus lábios. Na segunda vez que fumei e
também tossi. Meu corpo relaxou no mesmo segundo, dando prioridade aos meus
pensamentos. Olhei pra Fernando e ele já me encarava. Entreguei o cigarro.
- Do que você mais gosta? – ajeitei-me para que pudesse
olhá-lo melhor.
- De quê? – perguntou confuso.
- Na cama – fui direta.
- Ah... – ele olhou pra parede, talvez na tentativa de se concentrar
– Eu gosto de ficar por cima... – ele me encarou e pude ver que seus olhos
brilhavam. Eu fiquei calada para que ele continuasse – Gosto de... – deitou-se
de lado e começou a passar a mão em meu corpo – Quando você geme de olhos
fechados. Gosto de quando a gente faz sexo sem combinar...
- Como assim? – perguntei interessada.
- Por exemplo, você está fazendo o almoço e a gente começa a
trepar – não pude deixar de sorrir – ou em qualquer lugar fora da cama – ele observou o cômodo – Não... também gosto de te comer aqui – e logo beijou meu umbigo – E você?
- Quando... – “não acredito que vou dizer isso”, pensei –
Você... Me dá uns tapas ardidos ou puxa meu cabelo – pude sentir que corei de
leve.
- Eu percebi isso... Já tem um tempo – ele sorriu e eu
retribui – Você gosta muito?
- Muito – fiquei envergonhada.
- Ei, não precisa ter vergonha de mim... – disse aproximando-se,
ajeitando-se ao meu lado.
- Não tenho... Não de você. É que... Nunca tive esse tipo de
conversa.
- Você foi a primeira que perguntaram o que gosto – sorriu (e
que sorriso).
- Mas... Continua. Do que mais?
- Eu gosto das preliminares. Quando você me deixa fazer
besteiras com você. Gosto da forma que você me deixa te manusear... Esse seu
jeito de menina me deixa louco – ele dizia isso mordia os lábios, ME deixando
louca.
- Eu também gosto disso. Quando você me mostra o que sabe.
Eu gosto mais de “obedecer do que mandar”. Gosto de quando você me mostra quem
manda – encarei-o.
- Você gosta disso, então? – puxou uma de minhas pernas pra
si, encaixando-se em meu corpo. Fernando emaranhou seus dedos em meu cabelo,
puxando-os, levantando meu rosto – Gosta disso? – perguntou mais uma vez num
tom de ordem.
- Me deixa louca – disse de olhos fechados sem fazer
movimento algum, pois o tesão era tão grande que eu esqueci como se respirava.
E logo nossos gemidos de novo estavam no quarto.
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