terça-feira, 28 de maio de 2013

(cap7)


 Depois de umas três horas, o dinheiro estava organizado.
- Vocês estão com fome, não estão?! – disse ao levantar-me e lavar bem as mãos – Vou fazer café pra gente enquanto a janta não sai – peguei tudo o que precisava. Já estava quase no horário da janta, mas meu corpo exausto pedia por cafeína.
- Não... A gente precisa mesmo ir. Temos que levam este dinheiro – eles empacotaram o dinheiro e conversaram por alguns minutos com Fernando. Assim que saíram, eu já tinha arrumado a mesa.
- Estou tão cansado – disse Fernando ao esfregar os olhos enquanto eu o servia café. Fiz o mesmo pra mim. Fernando comia pão de forma com manteiga. Eu mordiscava uma bolacha de chocolate – O que foi, esfomeada... Está com tanta fome assim?
- Nada, não – sorri – Quero dormir... Minha cabeça está explodindo – deixei minha refeição e tomei logo dois analgésicos. Isso me daria sono.
- Não precisa fazer janta. Vai descansar – disse de boca cheia.
- Não vou te deixar sem comer...
- Eu acabei de comer. Se tiver fome mais tarde como outro pão. Vai deitar.
Eu assenti e caminhei até nosso quarto. Peguei uma toalha e roupas de dormir. Assim que comecei a escovar meus dentes, Fernando abriu a porta, deixando um ar congelante entrar junto de si.
- Vem cá, amor? – disse com a boca cheia de espuma. Enfiei minha cabeça embaixo do chuveiro para que a enxaguasse. Fernando despiu-se e abraçou-me. Nossos corpos estavam colados enquanto ele me encarava e passava seus polegares em meus olhos – como no meu sonho – mas isso era realidade. Ele afastou com gentileza meus cabelos molhados que estavam grudados em meu rosto. Depois de encarar-me por alguns segundos, disse ao sorrir.
- Você é tão linda – não pude conter um sorriso – Eu não sou bom em falar sobre sentimentos, mas... – ele procurava as palavras certas, pois abria e fechava a boca varias vezes – Eu te amo tanto... E não imagino ninguém melhor na minha vida além de você – apertei-o contra meu corpo – E eu vou fazer de tudo pra te dar do bom e do melhor.
- Eu não estou com você por isso, Fernando. Eu amo você de qualquer jeito – disse enquanto meus dedos percorriam o caminho de sua clavícula e eu os observava. Não conseguia olhar em seus olhos, pois tinha vergonha de dizer isso. Este era um de meus pensamentos mais profundos e sinceros - Não importa se morarmos no Leblon, numa favela ou sob uma ponte. Eu te amo. Amo apenas você, e  é apenas você o que eu quero. É clichê, mas é o que sinto – encostei minha testa na dele.
- Você sempre sabe o que dizer...
- Mas eu sei te amar melhor do que qualquer outra coisa no mundo – sorri ao encará-lo – Eu... – respirei fundo – vou pra cama, te espero lá – beijei-o lentamente e saí.
Assim que deitei, praticamente desmaiei. Fernando foi gentil em deitar-se junto a mim sem acordar-me, pois agora o sol da manhã estava em meu rosto. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário