segunda-feira, 8 de abril de 2013

(cap2)




[...] Seus beijos eram vorazes. Ele me mordia e me apertava com tamanha força que era difícil respirar. Uma de suas mãos estava emaranhada em meus cabelos, puxando-os, fazendo com que minha cabeça ficasse levantada. A outra envolvia minha cintura, mas ele a desceu até minha coxa, levantando-a  e apertando-a tão fortemente que era impossível conter os gemidos.  Hora eu arranhava suas costas por debaixo da blusa, hora fincava minhas unhas na pele macia e levemente bronzeada de seus braços.
Fernando descia seus beijos calorosos por minha bochecha, pescoço, colo até chegar em meus seios. Seus dedos abriram o fecho do meu sutiã com muita facilidade, onde logo em seguida estava apalpando um deles enquanto beijava e chupava o outro, causando-me arrepios. Eu estava tão excitada que poderia ter um orgasmo apenas com seus beijos. Fernando arrancou sua blusa e no mesmo momento prensou-me contra a parede e eu apertei minha pélvis contra a dele. Queria sentir seu membro – já ereto – dentro de mim o quanto antes. Fernando ergueu-me pelas pernas, encaixando-me em sua cintura. Enquanto ele caminhava em passos largos até o quarto, eu envergava-me em seu colo para abrir o zíper do meu salto, que saiu com facilidade de meus pés.  A respiração de Fernando era pesada e nervosa. Ele parecia um animal pronto pra me devorar. Ao abrir a porta do quarto e adentrar o mesmo, Fernando jogou-me em sua cama e aos poucos fui arrastando-me para o topo da mesma, enquanto Fernando tirava sua calça e cueca. Eu admirei-o – como havia dito, Fernando não tinha um corpo malhado, mas nenhuma mulher mudaria aquela beleza. Suas medidas eram perfeitas ao natural. Alto, ombros largos, forte o suficiente pra ganhar uma bela briga. Arrepiei-me com este pensamento, imaginar Fernando furioso fez com que eu mordesse meu lábio inferior – Ao colocar um de seus joelhos na cama, Fernando agarrou um de meus tornozelos e puxou-me pra si. Ele segurou minha cabeça, levantando-a e assim mordendo todo meu maxilar enquanto suas mãos iam descendo até meu pescoço, apertando-o, fazendo-me arrepiar. A adrenalina tomava conta de mim. Nunca havia estado com um homem tão bruto como Fernando. Ele passava a sensação de proteção e perigo ao mesmo tempo. Eu sabia que ele não me machucaria então eu seria dele, por completo. Enquanto Fernando me apertava, minhas mãos abriram o mais rápido possível, o botão e descendo o zíper da minha calça. Ele encarou-me por um segundo e pude ver que seus olhos castanhos claros foram tomados por um fogo escuro e perverso. Suas mãos quentes apertavam a lateral do meu corpo enquanto desciam o mesmo até chagar em minha calça. Fernando enfiou uma de suas mãos dentro da folga que avia entre minha pele e o jeans, apertando minha bunda e descendo o tecido até meus joelhos, onde livrei-me do grosso e pesado pedaço de pano.
Assim que estávamos completamente nus, minha paciência havia chegado ao limite. Sussurrei ao pé do ouvido de Fernando:
- Pelo amor de Deus... Não aguento mais... – disse e logo em seguida mordi seu pescoço e ombro.
Fernando esticou seu longo braço até o criado mudo, trazendo em seus longos dedos o pedaço de plástico que mais me faz feliz. Fernando já estava entre minhas pernas, e depois de protegido, colocou seu membro rígido dentro de mim. Segurando meus quadris, ele fazia os deliciosos movimentos vai e vem com tamanha força que eu podia sentir minha intimidade arder, fazendo com que eu envergasse minhas cortas pra trás, mordendo meu lábio inferior e fechando meus olhos com força. Fernando colocou um de seus braços sobre meu ombro, colocando sua mão em minhas costas, apertando-me contra seu corpo de forma que pudesse penetrar-me o mais fundo possível.  Sua respiração estava mais pesada do que nunca. Ele urrava em meus ouvidos. Seu tórax chocava-se levemente em meu peito devido aos seus movimentos. As gotículas de suor de ambos fazia com que o familiar cheiro de sexo viesse à tona no quarto que ficava cada vez mais abafado. Apertei meus lábios entre seu pescoço e ombro, na tentativa de abafar meus gemidos. Percebendo isso, Fernando puxou-me pelos cabelos para que olhasse em seus olhos. Segurando meu pescoço, ele disse sério, com o maxilar rígido e sobrancelha franzida. Seus olhos queimavam de prazer.
- Geme pra mim.
Ouvir aquela voz rouca, ver aqueles olhos queimando de puro fogo negro, sentir aquelas mãos gigantes apertando meu corpo, saber que eu era dele, levou-me à beira do abismo. Pude sentir meus pés formigarem. Eu nem se quer lembrava meu próprio nome. Os gemidos saíram de meus lábios em sincronia com os de Fernando. Ele me beijava e ao finalizar o beijo, mordia meus lábios e voltava a dedicar sua atenção à penetração. O fogo que se expandia em minha intimidade  era insuportável e apenas Fernando poderia apagá-lo. Pude sentir que estava cada vez mais próxima do orgasmo, pois os pelos da minha coxa arrepiaram-se e meu quadril tremia pelo prazer e adrenalina estar tomando conta de cada célula de meu corpo.  
Foi incrível. Era como se minha alma saísse de meu corpo e tocasse o céu. Eu não sabia o que fazer, minhas mão não sabiam se apertavam a pele de suas costas ou de seus braços. Eu não me lembrava de como se respirava. O corpo de Fernando continuava a pressionar o meu intensamente, porém os movimentos eram mais calmos, até me encara com seus olhos castanhos claros. Os olhos mais profundos que eu já vira em toda minha vida. Ficamos nos encarando por alguns segundos até que ele deita lenta e cuidadosamente ao meu lado e nos aninhamos um ao outro. Eu estava exausta, mas meus pensamentos estavam em borbulhas. Apesar de ter tido várias transas, essa sem dúvida foi a melhor. Fernando foi o único homem que soube como realmente manusear meu corpo. Era como se ele fosse feito especialmente pra mim.  Depois de concluir isso, finalmente cedi ao pedido do meu corpo e adormeci sem saber o que me aguardaria quando acordasse.
Ao acordar, levantei-me e vesti minhas roupas. Fernando fez a gentileza de trazer para o quarto a blusa que eu havia jogado na entrada do apartamento. Junto dos tecidos havia uma escova de dente. Sabia que era pra mim, pois a mesma ainda estava na embalagem. Depois que fiz minha higiene caminhei pra fora do quarto e deparei-me com Fernando sentado num dos sofás, apoiando os cotovelos nas coxas. O sol da manhã batia em sua cabeça até a metade das suas costas. Seus cabelos ficaram quase loiros.
- 7 é o suficiente –disse fazendo uma pequena pausa - Marcelo dirigirá o carro... então 8.
Os dois homens que estavam sentados à sua frente ouviam com atenção. O da esquerda endireitou suas costas ao ver-me encarando-os. Fernando notou a reação do homem e apenas balançou a cabeça em negação e disse ao virar seu belo rosto pra mim.
- Não achei levantaria tão cedo – disse com um esplêndido sorriso.
- Nem eu – disse sem jeito – Oi – disse acanhada aos homens que me olharam com um olhar sincero. Eu estava sem jeito, pois sabia o que tinha interrompido.
- Certo Fernando... E assim haverá mais dinheiro pra cada um depois da divisão – disse o da esquerda ao levantar-se e em seguida o da direita seguiu seus movimentos – Espero vê-la de novo – disse ao passar do meu lado e eu sorri. Ambos caminharam até à porta, onde Fernando trancara a mesma assim que eles haviam chegado ao elevador. Meus músculos estavam contraídos. Fernando me encarava com curiosidade do outro lado do cômodo. Caminhei até ele, ansiosa.
- Vem comer – disse dirigindo-se à cozinha. Eu o segui sem dizer nada. Ainda surpresa com a visita. Ao sentar, Fernando serviu-me omeletes e suco de laranja. Ele não comeu nada, talvez já tivesse feito-o – Conte-me mais sobre você – disse num tom de ordem, fazendo-me arrepiar. Fernando era sem dúvidas o caçador e eu a presa. Ele conseguia ser bruto e sensual até mesmo enquanto enchia meu copo.
- Não tenho nada de interessante pra dizer... – pensei melhor e resolvi concretizar a resposta, pois seus olhos eram curiosos demais. Sabia que ele perguntaria aquilo cedo ou tarde – Quero dizer, minha mãe me surrava. Eu não tinha liberdade alguma em casa então procurei isso na rua. Gosto de roupas de marca. Amo filmes. Amo andar de moto... – disse sem dar muita importância. Queria acabar logo com aquele assunto desnecessário. Além de desinteressante, não queria desperdiçar o precioso tempo falando das amarguras de minha vida enquanto poderíamos estar suados durante uma calorosa transa. Minha vida era preenchida por festas, bebedeiras, sexo e maconha. Eu nunca me importava com nada. Fazer o que quiser me reconfortava. Eu sentia que era dona de mim mesma.
- Eu não sabia sobre sua mãe – ele disse calmo, cuidadoso e sem jeito.
- Não tem problema – ri de sua cara envergonhada – Eu... Nós não nos importamos uma com a outra... Ela faz drama, dizendo que tenta mudar, mas eu não acredito – por um segundo, algumas feridas do passado pulsaram um meu coração – Mas enfim, não quero te aborrecer com meus problemas – disse sorrindo, tentando mudar se assunto. Até agora, eu já havia comido uma boa parte da omelete.
- Então o bom lado disso tudo – ele disse cuidadosamente, mas sorrindo – é que você pode ficar comigo o tempo que quiser já que é... “livre”.
Eu ri, pois percebi a malícia em seu sorriso.
- Até que você não me queira mais – lembrei-me da maravilhosa noite que tive com Fernando. Endireitei minha coluna na tentativa de conter o tesão que senti. Notei seus braços que estavam cruzados sobre a mesa. Vislumbrei cada detalhe. Era possível sentir o calor do sol apenas em olhar sua pele levemente bronzeada. Era de fato engraçado, pois o resto do corpo de Fernando tinha um tom um tanto mais claro. Suas mãos eram compridas, assim como seus dedos. Mãos apertam e apalpam com tamanha força que te impede de respirar. Se Fernando quisesse, eu nunca mais sairia porta à fora. Ele poderia manter-me presa pra sempre, dando-me em troca, seu ardente e selvagem sexo. Levantei-me e coloquei a louça sobre a pia. Fernando levantou-se quase no mesmo instante que eu. Veio até mim e prensou-me entre seu corpo e a pia. Delicadamente, juntou meus cabelos em apenas um lado de meus ombros, beijando o outro que estava livre enquanto suas mãos desciam pelos meus braços, apertando meus pulsos e depois subindo seus toques sobre a lateral do meu corpo até seus braços atravessassem meu corpo e apertasse-me contra si. Estiquei minha cabeça para que seus beijos - agora acompanhados de mordidas - pudessem ser mais livres. Uma de suas mãos apalpou um de meus seios, e pude sentir de imediato algo prazeroso expandir-se do meu colo à minha coluna.
- Você me enlouquece – disse enquanto emaranhava seus dedos em meus cabelos. Sua voz grossa fez com que me arrepiasse. Assim conduziu-me para que nossos corpos ficassem frente à frente. Lembrei-me de mais cedo. Fernando aprontaria alguma logo, logo. “Caralho”, pensei. Esse homem me enlouquecia! A ferocidade de Fernando era inigualável. Ele não se contentava em apenas morder meu lábio inferior. Ele mordeu toda minha boca, quase engolindo-me, e eu queria isso.

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